Ser de direita ou de esquerda?

Num dos posts deste blog começou a conversa, e como esta não tem nada a haver com o post em questão, e como acho o assunto importante, resolvi fazer um post sobre isto.

Antes de mais acho que ser-se de esquerda ou de direita nos tempos que correm não é o mesmo que era à alguns anos atrás. O facto é que alguém que se afirme de esquerda e o é de verdade (como o Hugo Besteiro), está mesmo numa zona à esquerda. O mesmo se aplica à direita. Eu acho que não sou nem de esquerda nem de direita, consigo orbitar algures no centro, embora ache que estou mais no centro direita.
Consigo, sem grandes alergias, apoiar políticas de esquerda como de direita.
Não consigo é apoiar incondicionalmente alguém que esteja nos extremos. Admito que admiro pessoas como o Sá Fernandes (podem dizer que é um independente por isso não conta) do Bloco de Esquerda, porque acho que é sempre necessário alguém que seja um não alinhado, alguém que agite as águas e que faça vir à tona o que está de errado. E honestamente não me interessa se esse alguém de do BE, PCP, PS, PSD, PP…
No entanto respeito e apoio o processo democrático, e não deixo de o fazer porque alguém é da esquerda ou da direita.
Nestas coisas o Ricardo Araújo Pereira tem razão, dizer que a Coreia do Norte é uma democracia em 1974 é um idiotice, mas na altura toda a gente disse asneiras. Dizê-lo em 2004 é falta de bom senso.